quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Santa Ceia com biscoito e cafezinho.


Hoje liguei o computador e entrei no site do Caio Fabio e estava passando o programa Papo de Graça, onde o Caio estava ministrando a Ceia do Senhor em casa, com seus amigos, e convidou a todos que assistiam pela internet a participarem individualmente ou em grupo online. Naquela hora me veio um desejo de participar pela simplicidade e espontaneidade de como aquela Ceia acontecia, sem pompa e hora marcada, como eram todos os acontecimentos em torno de Jesus. Eu não bebo alcóol, nem vinho e meu suco de uva tinha acabado... o que fazer?

Um dos participantes online escreveu no chat, que foi lido naquele momento, que estava no trabalho participando com biscoito maisena e café. Aí discerni, pensei e a cadeia se quebrou na minha mente. A ficha caiu! Me perguntei: Por que tenho que ficar limitado nessa mentalidade travada de crente? Por que tudo para crente é NÃO PODE! NÃO TOQUE! NÃO FAÇA!, se Jesus é o exemplo do “SIM” do “NÃO” legalista?

Naquele momento eu estava acabando de passar meu cafezinho da manhã e peguei meu biscoitinho integral e com alegria e desprendimento pude participar da Ceia do meu Senhor, sem culpa legalista, reunido em espírito e online com os irmãos, sem aquela mentalidade herdada do catolicismo romano, com seus ecos e reverberações dentro do protestantismo, onde só sacerdotes, obreiros e diáconos podem servir a Ceia aos leigos. Por que não ter comunhão com os irmãos em casa, em um chá-da-tarde com biscoitos, em memória do nosso Senhor e Salvador? Quem disse que para sentar-se à mesa com o Senhor você precisa estar dentro do "saleiro cristão", sentadinho no banco esperando um clérigo evangélico ou católico determinar se você pode ou não participar? Quem disse que o que é ortodoxo para a igreja é ortodoxo para o Evangelho? Pensar nisso é heresia para o filho da religião... sua cabeça programada dói.

Se os cristãos de hoje fossem programados para pensar no que realmente importa, saberiam que o discernir é pré-requisito para compreender o Evangelho, isto é, discernir o Corpo de Cristo, é entender o que ele representa e separá-lo, é compreender o real significado da morte do Cristo na cruz. Não discernir o Corpo de Cristo, é ser legalista, filho da religião, vendilhão do templo, lobo vestido de ovelha se aproveitando do nome de Jesus em benefício próprio, é ver a igreja institucional com a grande mãe, e por aí vai...

A religião cristã ensina que discernir o Corpo de Cristo é “respeitar” como ídolos o pão e o suco de uva da Santa Ceia, ter temor desses elementos, mesmo que a pessoa seja uma hipócrita, que no íntimo não seja discípulo de Jesus, mas se for batizado nas águas e se contribuir com a “caixinha” do dízimo, que são pura exterioridade para “crente ver” nesses ambientes, pode participar a vontade. O contexto de 1 CO: 11 não trata dessa forma.

Vale deixar uma pergunta no ar: Se Jesus afirmou que o Reino dos Céus é das crianças, certo? Então por que elas não podem participar da Santa Ceia como membros legítimos do Corpo de Cristo? Quem está incluído no Reino dos Céus, e não deve ser embaraçado para se chegar ao Senhor, está livre dessas questões de consciência, e já está autorizado à sentar-se a mesa com o Senhor. O adulto plenamente consciente é que tem que examinar a sim mesmo previamente. Pensar nisso é outra heresia para o filho da religião... sua cabeça programada dói mais, fica escandalizado, etc...

o participar dessa Ceia com o Senhor com meu biscoitinho e cafezinho nessa manhã, e no findar desse ano de 2010, agradeço pelo ano maravilhoso de bênçãos e reencontro contínuo com o que realmente importa, o Evangelho.

2 comentários:

  1. caros irmãos em Cristo.
    "Jesus só participou da ceia após seu baptismo"

    Jesus também foi criança?

    amém

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  2. Amado irmão anônimo, se formos pensar nessas categorias, o ladrão na cruz não poderia ser salvo porque não foi batizado nas águas e nem foi “discipulado”, nem era uma pessoal moralmente aceita pelos demais, etc... me diga também, por gentileza, onde está escrito que a Ceia deve ser tomada depois do batismo? As Igrejas estão lotadas de irmãos batizados, mas que estão tão longe do Evangelho, tão afastados do Senhor Jesus no íntimo, que se tornam indignos de participarem da Ceia. Imagine Jesus dizendo: “Não tragam a mim as criancinhas pois elas não tem consciência o suficiente para entender o meu reino”. Para entrarmos no Reino devemos ser como crianças, Ele disse.

    O problema é que a maioria dos crentes não entendem Jesus ou não concordam com Jesus, e ficam bitolados nas regras humanas criadas nas suas Igrejas. Nunca chegam ao pleno conhecimento da Verdade, ficam sempre vivendo de manuais prontos, nunca querem pensar porque têm medo de pensar, vivem sob fobia o tempo todo. Se das crianças é o Reino dos Céus e Jesus mandou que não as embaraçássemos, quem somos nós para dizermos que elas não podem assentar-se à mesa com o Senhor? A ceia é em memória dEle, para se achegar a Ele, não é um ritual frio como a maioria dos crentes o a entendem. A ceia da igreja primitiva não era pãozinho cortado em cubinhos com suquinho de uva, e sim todos traziam o que tinham em casa e compartilhavam com os demais, pergunto: As crianças ficavam chupando dedo enquanto os adultos comiam e bebiam regaladamente?

    A verdade nua e crua é que as igrejas não se interessam por crianças e por velhos, crianças atrapalham o culto e os velhos já estão fracos para saírem à rua com folhetos nas mãos, esses dois grupos não são mobilizáveis para atividades do interesse da igreja, principalmente por não serem financeiramente ativos no meio.

    O Batismo não é um rito que faz você se converter, é somente uma demonstração exterior daquilo que já deveria ter acontecido no seu coração. A Ceia é em memória do Senhor, uma cerimônia onde refletimos sobre sua morte e sua ressurreição. Ser Batizado nunca foi pré-requisito para se tomar a Ceia. O único pré-requisito é que o Homem examine-se e ele mesmo decida se está apto ou não. O batismo nunca foi pré-requisito para Salvação, pois lá na Glória, com o Senhor Jesus, estarão muito menos batizados evangélicos do que se imagina.

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